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Cinema: Artigos e Críticas

Críticas de filmes, crônicas, artigos diversos sobre o mundo do cinema.

Não Espere Muito do Fim do Mundo (Radu Jude) | 47ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo

Não Espere Muito do Fim do Mundo (Radu Jude) | 47ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo

Por Gabriela Saragosa

 

Há diversas maneiras de retratar a experiência do capitalismo neoliberal no cinema, seja através do drama melancólico e claustrofóbico de Eu, Daniel Blake (2016, Ken Loach), da tragédia satírica de Parasita (2019, Bong Joon-Ho) ou da comicidade de Triângulo da Tristeza (Ruben Östlund, 2023) . Em Não Espere Muito do Fim do Mundo, Radu Jude, cineasta romeno que não é estranho à utilização do humor como instrumento de elucidação e crítica, elabora este retrato com maestria através do mais puro cinismo. 

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Quem Fizer Ganha (2023, Taika Waititi) | 47ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo

Quem Fizer Ganha (2023, Taika Waititi) | 47ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo

Por Giuli Gobbato

 

Determinado a discutir sua própria identidade em tela, o diretor neozelandês Taika Waititi, mais uma vez, fez bom uso da plataforma que conquistou em Hollywood. Depois de ter dirigido os blockbusters Thor: Ragnarok (2017) e Thor: Amor e Trovão (2022), Waititi aproveitou a atenção que recebe para voltar os olhos do público à cultura polinésia em seu novo longa, Quem Fizer Ganha (2023), que retoma o estilo do início da carreira do diretor.

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Sem Coração (2023, Nara Normande e Tião) | 47ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo

Sem Coração (2023, Nara Normande e Tião) | 47ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo

Por Fernando Oikawa Garcia

 

“Tudo lá parecia impregnado de eternidade”
Evocação do Recife, Manuel Bandeira

 

Sem Coração (2023) é um desses filmes cuja existência parece diretamente conectada ao seu espaço. Ao longo de um verão em 1996 na praia de Guaxuma, no Alagoas, um grupo de jovens aproveita seus dias entre o mar e o mangue, brincando na areia, dançando em festas, invadindo casas de veraneio. Eles sabem todos os caminhos, conhecem quais os imóveis abandonados, quem são as pessoas dali. Nesse dia a dia, permeado por brincadeiras (lícitas ou não) e amizades cúmplices, as vivências parecem pertencer à eternidade, como é próprio da juventude. O futuro é apenas potência, a realidade parece que nunca vai se esgotar. No entanto, o tempo é imparável: esta eternidade, tal como o verão e a juventude, está condenada ao fim. É dessa morte e vida da eternidade que fala a obra de Nara Normande e Tião.

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Fotofobia (2023, Ivan Ostrochovský e Pavol Pekarcik) | 47° Mostra Internacional de Cinema de São Paulo

Fotofobia (2023, Ivan Ostrochovský e Pavol Pekarcik) | 47° Mostra Internacional de Cinema de São Paulo

Por Pasquale Vincenzo Galatro

 

Diante do caos, a linha entre o real e a fantasia pode ser muito tênue. Na esperança de fugir da realidade, o humano é capaz de se ver dançando ao som da valsa da destruição. Em matéria de guerra, um manual, um livro de regras ou um guia de instruções talvez não sejam as únicas coisas a que as pessoas recorram para continuarem vivas. Afinal, quando nossa sobrevivência é ameaçada, recorrer ao lúdico torna-se uma forma possível de praticar a nossa humanidade. 

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