Aqui estão os textos, artigos e ensaios referentes a História do Cinema. A seção, desenvolvida com a ajuda de nossos colaboradores, professores, pesquisadores e cineastas, possibilita uma farta reflexão sobre o universo audiovisual. OBS: Textos de maior extensão encontram-se em PDF na seção "Downloads".
A ânsia de destruir
Também pode ser
Uma força construtiva.
(Bakunin)
Em mais de uma ocasião, Glauber Rocha referiu-se ao Cinema Marginal como "bastardo" ou "aborto" do Cinema Novo. Tanto um, quanto o outro, são indubitavelmente filhos do pai, quer este os reconheça ou não..E com direito a teste de DNA, herança, e tudo mais.
O argumento aqui traz como premissa a contraposição geral entre hibridação cultural enquanto absorção recriadora de influências e uma mera transposição automática de tendências, partindo do conceito de hibridação utilizado por Néstor-Garcia Canclini e, indiretamente, por Angel Rama e aplicando-o ao caso do cinema brasileiro.
Este trabalho é parte integrante da pesquisa O MERCADO EXIBIDOR EM SÃO CARLOS E O CINEMA BRASILEIRO, que objetivou realizar um panorama do mercado de exibição atual, atentando para sua relação com o espaço para os filmes nacionais e sua recepção na cidade.
Esta primeira época explicitamente se configura como um movimento completo, com seus inícios, dúvidas, fortalecimento, ápice e queda. Apesar de sua aparente dissociação do resto da história do cinema brasileiro, é, entretanto, uma antecipação irregular de sua força e identidade, assim como de seus impasses, de sua percepção e avaliação. Um exercício óbvio para quem não pode mais ter medo de ver a própria face. Roberto Moura (MOURA, 87, 13)
Os anos compreendidos entre 1908-1911 marcam o período conhecido como “A Bela época do cinema brasileiro”, momento em que o cinema floresceu no Brasil para depois mergulhar num longo ocaso provocado pela invasão dos filmes estrangeiros, sobretudo pelas produções americanas, que já começavam a “engatinhar” rumo ao monopólio cinematográfico mundial.