O Tubérculo | 27ª Mostra de Cinema de Tiradentes
Por Davi Krasilchik
É sempre magnético se deparar com uma obra que esbanja paixão por si mesma, comprometida com a elaboração de uma linguagem própria que condiz do início ao fim. Isso reforça o pacto entre autor e espectador em seu sentido mais clássico, permitindo a adulteração da realidade pela entrada em um universo completamente único. Nesse sentido, é interessante observar como O Tubérculo (2024) proporciona esse magnetismo, mesmo evitando ambientar seus espectadores dentro de uma narrativa convencional.
Fogaréu (2022) | 27ª Mostra de Cinema de Tiradentes
Por Mia Menezes
Fogaréu, filme dirigido por Flávia Neves e protagonizado por Bárbara Colen — atriz homenageada desta edição da Mostra de Cinema de Tiradentes —, inicia um dos primeiros dias do festival com uma produção poderosa que incendeia o pequeno Cine-Teatro Aymoré. Com a apresentação da diretora e das atrizes principais, pelos próximos 100 minutos foi possível entrar no universo que o filme nos proporciona.
Seu Cavalcanti (2024) | 27ª Mostra de Cinema de Tiradentes
Por Davi Krasilchik
Filmar aqueles que amamos é uma das melhores maneiras de preservá-los, um gesto que se completa na própria realização. O mero ímpeto de imortalizar alguém em imagem diz muito sobre a conexão com tal pessoa, ainda que esse retrato seja apenas um reflexo da realidade. Seu Cavalcanti (2024) trilha muito bem por esta ambivalência das imagens, se manifestando como carta de amor ao personagem-título.
Terror Mandelão (2023) | 27ª Mostra de Cinema de Tiradentes
Por Bruno Dias
Por meio de diversas linguagens e dispositivos, no filme Terror Mandelão os diretores Felipe Larozza e GG Albuquerque discutem o funk mandelão de São Paulo, acompanhando o processo de trabalho, os corres e a vida de DJ K, o DJ da Bruxaria.
Bye Bye Amazônia | 27ª Mostra de Cinema de Tiradentes
Por Davi Krasilchik
Chega a ser inexplicável testemunhar uma obra como Bye Bye Amazônia (2023). Em uma apresentação que antecedeu à exibição, na Mostra de Tiradentes, o diretor Neville de Almeida falou sobre o distanciamento conceitual de seu filme em relação a outras obras sobre a destruição da Floresta Amazônica. De fato, talvez a realização seja única na forma como propõe um acabamento que jamais deveria ter sido concebido.
Foram Os Sussurros que Me Mataram (2024) | 27ª Mostra de Cinema de Tiradentes
Por Davi Krasilchik
Em uma sociedade dominada pela tecnologia, as imagens estão por todo lugar. Elas guiam nossos olhares, influenciam nossas percepções, guiam nosso modo de enxergar o mundo. A neurose da aparência surge desse estado de vigilância constante, nos levando a internalizar uma autocompreensão ditada pela percepção que os outros possuem de nós. Realizado em um estúdio, e rodeado por personagens que tem essa como a sua principal preocupação, é dessa questão que surge o emblemático Foram Os Sussurros Que Me Mataram (2024).