O tema deste trabalho é a passagem por terras brasileiras do chamado cinematógrafo falante, ou seja, a tentativa de sincronização mecânica entre projetor e fonógrafo, entendida como a primeira experiência sistemática de sincronização entre imagens e sons cinematográficos a ser exibida no país.
Nos primórdios da cinematografia no país, inicia-se um processo no qual a mídia passa a ter influência central no cotidiano e na formação da subjetividade individual. Locus privilegiado do debate sobre o desenvolvimento da indústria cinematográfica brasileira, a revista Cinearte foi publicada na cidade do Rio de Janeiro entre março de 1926 e julho de 1942.
Luzes, máquinas que voam, que falam, prédios altos numa metrópole do futuro desenhando o que seria o ano de 2026. O emblema do filme Metropolis (1926), do cineasta alemão Fritz Lang, é a modernidade no cinema.
O texto do presente artigo tem como objeto os filmes musicais que foram produzidos no Rio de Janeiro, entre o começo da década de 1930 até o final dos anos 1940 do século XX. E seu objetivo é tanto assinalar como discutir os elementos e as referencias da cultura e da produção cultural brasileira e internacional que forneceram temáticas e recursos narrativos incorporados e utilizados nos filmes.