O presente artigo pretende analisar o filme “Vidas Secas” (1963), de Nelson Pereira dos Santos, à luz das teorias de Glauber Rocha em seu manifesto “Estética da Fome”, publicado em 1965. Busca-se, aqui, evidenciar de que modo a utilização das características formais representativas da fome consolida a produção cinematográfica do Cinema Novo que exerce tanto crítica social quanto tentativa de mobilização revolucionária.
"a diferença entre ficção científica e especulativa é que a primeira é algo que nós ainda não podemos fazer. E que a segunda, é sobre assuntos que já estão na nossa frente, e que acontecem na Terra."- MARGARET ATWOOD
A pergunta pode ser clichê, mas é um mistério do cerne da indústria cultural: a arte imita a vida ou a vida imita a arte? No funeral de Victor (Nicolas Bedos), um importante escritor francês, sua esposa Sarah (Doria Tillier) conta a história de seu marido, a partir do seu ponto de vista, para um jornalista que pretende publicar uma biografia sobre o escritor.
Um final de semana. Esse foi o tempo necessário para que uma série da Netflix, que não tinha nenhuma grande divulgação, nenhum tipo de comentário sobre e nenhuma expectativa por parte do grande público, conseguisse conquistar um mundo inteiro.
Quem nunca se pegou falando algo como “o dia deveria ter 48h” ou “eu tinha que ter um clone pra conseguir fazer tudo o que eu tenho pra fazer”?
Em Cinema, como em qualquer arte, pode-se discutir infinitamente sobre gosto, sobre a preferência individual, sobre até onde vai a capacidade de julgar objetivamente uma obra e sobre o quanto nossas inclinações pessoais determinam nossa preferência por determinada obra em detrimento de outra. Há até mesmo quem diga que gosto não se discute.
O filme de Lissette Orozco é uma obra potente, carregada de conflito pessoal e de reflexões históricas sobre a ditadura chilena. No documentário, a diretora realiza uma investigação sobre a vida de sua própria tia, Adriana Rivas, e, inevitavelmente, sobre sua relação com ela.