Por João Nobrega
Berço Esplêndido, selecionado para a última edição da Mostra Tiradentes (SP), é o primeiro longa de Lucas Acher e explora, com melancolia sutil, as angústias de nossa geração
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A fotomontagem surge como manifestação artística no período das vanguardas, torna-se reflexo de uma sociedade fragmentada que busca se reconhecer e se reconstruir em plena transformação social, política e cultural.
A luz revela forma, textura e volume de corpos e objetos. Ao ser eternizado, esse instante de convergência entre o visível e o invisível torna-se vestígio de uma existência, é nessa memória gravada que a fotografia de Gertrude Käserbier encontra-se.
Walter Benjamin (1892–1940), em seu texto Pequena história da fotografia (1933), afirma que “a fotografia se liberta de certos contextos, como aqueles dados por um Sander, uma Germaine Krull, um Blossfeldt, se ela se emancipa de todo interesse fisionômico, político e científico, então ela se torna ‘criadora’. A tarefa da objetiva será a ‘visão simultânea’; o panfletário fotográfico aparece” (BENJAMIN, 2014, p. 112).
Toda fotografia conta uma história, mas, e quando a fotografia é a própria história? Este pequeno texto poderia iniciar-se com um “era uma vez” como todo conto de fadas. Personagens fantásticos num tempo e espaço indeterminados. Príncipes e princesas, anjos e seres maravilhosos imersos numa atmosfera enevoada. As fotografias de Julia Margaret Cameron não apenas registram pessoas e instantes, elas revelam a preocupação da fotógrafa em apresentar composições expressivas por meio da perfeita utilização da técnica escolhida.